segunda-feira, abril 23

A Educação no Terceiro Milênio

19. A Educação no Terceiro Milênio

A explosão dos negócios mundiais, acompanhada pelo avanço tecnológico da crescente robotização e automação das empresas, nos faz antever profundas modificações no trabalho e, consequentemente, na educação. Na tentativa de incorporar os novos recursos, no entanto, a escola nem sempre tem obtido sucesso porque, muitas vezes, apenas adquire as novas máquinas sem, no entanto, conseguir alterar a tradição das aulas acadêmicas. Diante das transformações vertiginosas da alta tecnologia, que muda em pouco tempo os produtos e a maneira de produzi-los, criando umas profissões e extinguindo outras. Daí a necessidade de uma educação permanente, que permita a continuidade dos estudos, e portanto de acesso às informações, mediante uma auto-formação controlada.

A Educação no Terceiro milênio

  • O modelo de escola tradicional mostra-se anacrônico.
  • É preciso detectar com urgência os sintomas do mundo que emerge.
  • Vimos que o séc. XX está marcado pela ênfase na ciência e na tecnologia, que  transformando rapidamente os usos e costumes dos habitantes de todo o mundo.
  • A CULTURA DA INFORMAÇÃO é a conseqüência da comunicação eletrônica.
  • Esta CULTURA ALIENA E MASSIFICA, predominando o CONSUMO PASSIVO da informação sem crítica.
  • Vivemos numa época que privilegia a imagem, e os meios audiovisuais nos bombardeiam com figuras atraentes e fragmentárias.

Paradigma da modernidade


Thomas KHUN: “Um paradigma é aquilo que os membros de uma comunidade científica compartilham e, inversamente, uma comunidade científica consiste em homens que partilham um paradigma”.



  • Está nascendo o paradigma da modernidade:
  • Valorização da subjetividade, garantia da autonomia do sujeito, tolerância religiosa, ética laica;
  • Valorização da ciência como forma privilegiada de conhecimento;
  • Formação do conceito de Estado representativo – oposto ao absolutismo;
  • Economia de mercado livre...

O excesso de Regulação

  • Cria-se a figura do incompetente, aquele que é leigo no assunto dominado pelo especialista. A conseqüência é a tecnocracia, ou seja, o expert decide, porque sabe, e os demais obedecem.
  • Os acontecimentos do final do século XX têm provocado perplexidade e desorientação, sobretudo em pais e professores.
  • Toda atitude NOSTÁLGICA é perigosa. Esse posicionamento (valorizar a “velha ordem”) gera violência, pois tenta enquadrar os jovens “desencaminhados” e reforça a falta de HUMILDADE para reconhecer o NOVO.
  • O PÂNICO MORAL tenta combater os ALIENÍGENAS em sala de aula.
  • “Quem são os alienígenas na sala de aula?????”
  • O surgimento de um novo HOMEM depende da construção de NOVA(s) FORMA(s)  de conhecimento e de poder.
  • É preciso lembrar que  a educação exige INTENCIONALIDADE e recusa o ESPONTANEÍSMO na ação.

DESAFIOS DA EDUCAÇÃO

  • Educar incorporando as novas técnicas e promover a capacidade de leitura crítica das IMAGENS e das informações transmitidas pela mídia.
  • O LIVRO É IMPORTANTE, MAS...

OS NOVOS RECURSOS DA COMUNICAÇÃO

  • A sociedade informatizada se caracteriza pela abundância de INFORMAÇÕES.
  • Os computadores são, hoje, janelas para o mundo, possibilitando:
  • Troca de arquivos;
  • Acesso a bancos de dados internacionais;
  • Divulgação de pesquisa, discussão dos mais variados  temas...
  • O importante é que os novos recursos (computador, televisão, vídeos) não sejam usados apenas como instrumentos, mas se tornem capazes de desencadear transformações ESTRUTURAIS na velha escola.
  • Só assim, a função do professor poderá ser revitalizada, libertando-o do giz e da saliva...

INTERDISCIPLINARIDADE

  • A abordagem HOLÍSTICA do conhecimento supõe a superação das disciplinas fragmentadas.
  • Essa tendência à INTERPENETRAÇÃO existe até nas ciências modernas.





18. Brasil no Século XX: O Desafio da Educação.

Brasil no Século XX: O Desafio da Educação.

Nesse contexto, os educadores da escola nova introduzem o pensamento liberal democrático, defendendo a escola pública para todos, a fim de se alcançar uma sociedade igualitária e sem privilégios. Podemos dizer que Paulo Freire é um dos grandes pedagogos da atualidade, não só no Brasil, mas também no mundo. Ele se embasa em uma teologia libertadora, preocupada com o contraste entre a pobreza e a riqueza que resulta privilégios. Em sua obra Pedagogia do Oprimido faz uma abordagem dialética da realidade, cujos determinantes se encontram nos fatores econômicos, políticos e sociais. Considera que o conhecer não pode ser um ato de "doação" do educador ao educando, mas um processo que se estabelece no contato do homem com o mundo vivido. E este não é estático, mas dinâmico, em contínua transformação. Na educação autêntica, é superada a relação vertical entre educador e educando e instaurada a relação dialógica. Paulo Freire defende a autogestão pedagógica, o professor é um animador do processo, evitando as formas de autoritarismo que costumam minar a relação pedagógica. Na década de 70 destaca-se a produção teórica dos críticos-reprodutivistas, que desfazem as ilusões da escola como veículo da democratização. Com a difusão dessas teorias no Brasil, diversos autores se empenham em fazer a reeleitura do nosso fracasso escolar. A tarefa da pedagogia histórico-crítica se insere na tentativa de reverter o quadro de desorganização que torna uma escola excludente, com altos índices de analfabetismo, evasão, repetência e, portanto, de seletividade. Para Saviani, tanto as pedagogias tradicionais como a escola nova e a pedagogia tecnicista são, portanto, não-críticas, no sentido de não perceberem o comprometimento político e ideológico que a escola sempre teve com a classe dominante. Já a partir de 70, começam a ser discutidos os determinantes sociais, isto é, a maneira pela qual a estrutura sócio-econômica condiciona a educação. O trunfo de se tornar um dos países mais ricos contrasta com o fato de ser um triste recordista em concentração de renda, com efeitos sociais perversos: conflitos com os sem-terra, os sem-teto, infância abandonada, morticínio nas prisões, nos campos, nos grandes centros. Persiste na educação uma grande defasagem entre o Brasil e os países desenvolvidos, porque a população não recebeu até agora um ensino fundamental de qualidade.

Paulo Freire (1921-1997) foi o mais célebre educador brasileiro, com atuação e reconhecimento internacionais. Conhecido principalmente pelo método de alfabetização de adultos que leva seu nome, ele desenvolveu um pensamento pedagógico assumidamente político. Para Freire, o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno. Isso significa, em relação às parcelas desfavorecidas da sociedade, levá-las a entender sua situação de oprimidas e agir em favor da própria libertação. O principal livro de Freire se intitula justamente Pedagogia do Oprimido e os conceitos nele contidos baseiam boa parte do conjunto de sua obra.


Ao propor uma prática de sala de aula que pudesse desenvolver a criticidade dos alunos, Freire condenava o ensino oferecido pela ampla maioria das escolas (isto é, as "escolas burguesas"), que ele qualificou de educação bancária. Nela, segundo Freire, o professor age como quem deposita conhecimento num aluno apenas receptivo, dócil. Em outras palavras, o saber é visto como uma doação dos que se julgam seus detentores. Trata-se, para Freire, de uma escola alienante, mas não menos ideologizada do que a que ele propunha para despertar a consciência dos oprimidos. "Sua tônica fundamentalmente reside em matar nos educandos a curiosidade, o espírito investigador, a criatividade", escreveu o educador. Ele dizia que, enquanto a escola conservadora procura acomodar os alunos ao mundo existente, a educação que defendia tinha a intenção de inquietá-los.






Teorias Construtivistas:

Teorias Construtivistas:

7.1 Piaget: segundo ele, à medida que a influência do meio altera o equilíbrio, a inteligência, que exerce função adaptativa por excelência, restabelece a auto-regulação.

17.2 Vygotsky: Ao analisar os fenômenos da linguagem e do pensamento, busca compreendê-los dentro do processo sócio-histórico como "internalização das atividades socialmente enraizadas e historicamente desenvolvidas". Portanto, a relação entre o sujeito que conhece e o mundo conhecido não é direta, mas se faz por mediação dos sistemas simbólicos.

PIAGET x VYGOTSKY

Tanto Piaget como Vygotsky concebem a criança como um ser ativo, atento, que constantemente cria hipóteses sobre o seu ambiente.
Porém, eles divergem na maneira de conceber o processo de desenvolvimento da criança.

Piaget privilegia a maturação biológica; Vygotsky, o ambiente social.
Piaget acredita que os conhecimentos são elaborados espontaneamente pela criança, de acordo com o estágio de desenvolvimento em que esta se encontra.

Vygotsky discorda de que a construção do conhecimento procede do individual para o social, defende que a criança já nasce num mundo social e, desde o nascimento, vai formando uma visão desse mundo através da interação com adultos e crianças mais experientes.

Piaget acredita que a aprendizagem subordina-se ao desenvolvimento e tem pouco impacto sobre ele. Com isso, ele minimiza o papel da interação social.

Vygotsky, ao contrário, postula que desenvolvimento e aprendizagem são processos que se influenciam reciprocamente, de modo que, quanto mais aprendizagem, mais desenvolvimento.

Segundo Piaget, o pensamento aparece antes da linguagem, que apenas é uma das formas de expressão.Já para Vygotsky, pensamento e linguagem são processos interdependentes, desde o início da vida.

Quanto à relação educador/educando, Vygotsky afirma que não deve ser uma relação de imposição, mas sim uma relação de cooperação, de respeito e de crescimento. O aluno deve ser considerado como um sujeito interativo e ativo no seu processo de construção de conhecimento. Assumindo, o educador, um papel fundamental nesse processo, como um indivíduo mais experiente.

Piaget coloca que a relação professor/aluno tem que ser baseada no diálogo mais fecundo, onde os "erros" dos alunos passam a ser vistos como integrantes do processo de aprendizagem. Isso se dá porque à medida que o aluno "erra", o professor consegue ver o que se está sabendo e o que ainda deve ser ensinado.

A divergência nas teorias de Piaget e Vygotsky nos impõe uma reflexão sobre o assunto e nos remete para nossas próprias experiências, como mestre, como indivíduo que muito aprendeu e que muito ainda tem que aprender.

Concordo com Piaget quando "...o aprender não se reduz à memorização, mas sim ao raciocínio lógico, compreensão e reflexão". Mas discordo de sua teoria em que o aprendizado é individual e o professor deve apenas assumir o papel de instigador e provocador. É claro que devemos, nós professores, instigar e provocar a curiosidade do aluno num determinado assunto. Mas isto não basta para que ocorra a aprendizagem. Devemos, também relacionar o conteúdo com fatos reais, concretos,e, se for o caso, indicar caminhos para que a construção do conhecimento seja iniciada.

Para Vygotsky, a construção do conhecimento se dará coletivamente, portanto, sem ignorar a ação intrapsíquica do sujeito. Concordo com o modo como ele conceituou o desenvolvimento intelectual de cada pessoal: um real e um potencial.

O nível real é aquele já adquirido ou formado, que determina o que a criança já é capaz de fazer por si própria porque já tem um conhecimento consolidado.
O nível potencial é quando a criança ainda não aprendeu tal assunto, mas está próxima de aprender, e isso se dará principalmente com a ajuda de outras pessoas.

Vai ser na distância desses dois níveis que estará um dos principais conceitos de Vygotsky: as Zonas de Desenvolvimento Proximal (série de informações que a pessoa tem a potencialidade de aprender mas ainda não completou o processo; conhecimentos fora do seu alcance atual, mas potencialmente atingíveis

Principais Características da Escola Nova

15. Principais Características da Escola Nova:


Teoria socialista–Gramsci A educação proposta por ele está centrada no valor do trabalho e na tarefa de superar as dicotomias existentes entre o fazer e o pensar, entre cultura erudita e cultura popular.Teorias crítico-reprodutivistas por diversos caminhos chegaram à seguinte conclusão:a escola está de tal forma condicionada pela sociedade dividida que, ao invés de democratizar,reproduz as diferenças sociais.

Teorias progressistas–Snyders Contra as pedagogias não-diretivas,defende o papel do professor,a quem atribui uma função política.Ressalta o caráter contraditório da escola,que pode desenvolver a contra-educação.Teorias antiautoritárias–Carl Rogers Visam antes de tudo colocar o aluno como centro do processo educativo, como sujeito,livrando-o do papel controlador do professor. O professor deve acompanhar o aluno sem dirigi-lo,o que significa dar condições para que ele desenvolva sua experiência e se estruture, por conta própria. O principal representante dessa teoria é Carl Rogers. Segundo ele, a própria relação entre as pessoas é que promove o crescimento de cada uma,ouseja, o ato educativo é relacional e não individual. 

Escola tecnicista 

Proposta consiste em:planejamento e organização racional da atividade pedagógica; operacionalização dos objetivos; parcelamento do trabalho, com especialização das funções;ensino por computador, telensino, procurando tornar a aprendizagem mais objetiva. 

Teorias construtivistas 

Piaget – segundo ele, à medida que a influência do meio altera o equilíbrio,a inteligência, que exerce função adaptativa por excelência, restabelece a auto-regulação. 

Vygotshy -Ao analisar os fenômenos da linguagem e do pensamento,busca compreendê-los dentro do processo sócio-histórico como "internalização das atividades socialmente enraizadas e historicamente desenvolvidas". Porém, a relação entre o sujeito que conhece e o mundo conhecido não é direto, mas se faz por mediação dos sistemas simbólicos



Principais Características da Escola Nova

15. Principais Características da Escola Nova:



Principais características da escola nova:

Teoria socialista–Gramsci A educação proposta por ele está centrada no valor do trabalho e na tarefa de superar as dicotomias existentes entre o fazer e o pensar, entre cultura erudita e cultura popular.Teorias crítico-reprodutivistas por diversos caminhos chegaram à seguinte conclusão:a escola está de tal forma condicionada pela sociedade dividida que, ao invés de democratizar,reproduz as diferenças sociais.

Teorias progressistas–Snyders Contra as pedagogias não-diretivas,defende o papel do professor,a quem atribui uma função política.Ressalta o caráter contraditório da escola,que pode desenvolver a contra-educação.Teorias antiautoritárias–Carl Rogers Visam antes de tudo colocar o aluno como centro do processo educativo, como sujeito,livrando-o do papel controlador do professor. O professor deve acompanhar o aluno sem dirigi-lo,o que significa dar condições para que ele desenvolva sua experiência e se estruture, por conta própria. O principal representante dessa teoria é Carl Rogers. Segundo ele, a própria relação entre as pessoas é que promove o crescimento de cada uma,ouseja, o ato educativo é relacional e não individual. 

Escola tecnicista 

Proposta consiste em:planejamento e organização racional da atividade pedagógica; operacionalização dos objetivos; parcelamento do trabalho, com especialização das funções;ensino por computador, telensino, procurando tornar a aprendizagem mais objetiva. 

Teorias construtivistas 

Piaget – segundo ele, à medida que a influência do meio altera o equilíbrio,a inteligência, que exerce função adaptativa por excelência, restabelece a auto-regulação. 

Vygotshy -Ao analisar os fenômenos da linguagem e do pensamento,busca compreendê-los dentro do processo sócio-histórico como "internalização das atividades socialmente enraizadas e historicamente desenvolvidas".Porém, a relação entre o sujeito que conhece e o mundo conhecido não é direto, mas se faz por mediação dos sistemas simbólicos

Dewey: A Escola Progressiva.

14.4 J. Dewey: A Escola Progressiva

O fim da educação não é formar a criança de acordo com modelos, nem orientá-la para uma ação futura, mas dar-lhe condições para que resolva por si própria os seus problemas. A educação progressiva consiste justamente no crescimento constante da vida, à medida que aumentamos o conteúdo da experiência e o controle que exercemos sobre ela. Ao contrário da educação tradicional, que valoriza a obediência, John Dewey estimula o espírito de iniciativa e independência, que leva à autonomia e ao autogoverno, virtudes de uma sociedade democrática.

"O professor que desperta entusiasmo em seus alunos conseguiu algo que nenhuma soma de métodos sistematizados, por mais corretos que sejam, pode obter" 


"A meta da vida não é a perfeição, mas o eterno processo de aperfeiçoamento, amadurecimento, refinamento" 


John Dewey nasceu em 1859 em Burlington, uma pequena cidade agrícola do estado norte-americano de Vermont. Na escola, teve uma educação desinteressante e desestimulante, o que foi compensado pela formação que recebeu em casa. Ainda criança, via sua mãe confiar aos filhos pequenas tarefas para despertar o senso de responsabilidade. Foi professor secundário por três anos antes de cursar a Universidade Johns Hopkins, em Baltimore. Estudou artes e filosofia e tornou-se professor da Universidade de Minnesota. Escreveu sobre filosofia e Educação, além de arte, religião, moral, teoria do conhecimento, psicologia e política. Seu interesse por pedagogia nasceu da observação de que a escola de seu tempo continuava, em grande parte, orientada por valores tradicionais, e não havia incorporado as descobertas da psicologia, nem acompanhara os avanços políticos e sociais. Fiel à causa democrática, ele participou de vários movimentos sociais.

Criou uma universidade-exílio para acolher estudantes perseguidos em países de regime totalitário. Morreu em 1952, aos 93 anos. 
Quantas vezes você já ouviu falar na necessidade de valorizar a capacidade de pensar dos alunos? De prepará-los para questionar a realidade? De unir teoria e prática? De problematizar? Se você se preocupa com essas questões, já esbarrou, mesmo sem saber, em algumas das concepções de John Dewey, filósofo norte-americano que influenciou educadores de várias partes do mundo. No Brasil inspirou o movimento da Escola Nova, liderado por Anísio Teixeira, ao colocar a atividade prática e a democracia como importantes ingredientes da educação. 

Dewey é o nome mais célebre da corrente filosófica que ficou conhecida como pragmatismo, embora ele preferisse o nome instrumentalismo - uma vez que, para essa escola de pensamento, as idéias só têm importância desde que sirvam de instrumento para a resolução de problemas reais. No campo específico da pedagogia, a teoria de Dewey se inscreve na chamada educação progressiva. Um de seus principais objetivos é educar a criança como um todo. O que importa é o crescimento - físico, emocional e intelectual. 

O princípio é que os alunos aprendem melhor realizando tarefas associadas aos conteúdos ensinados. Atividades manuais e criativas ganharam destaque no currículo e as crianças passaram a ser estimuladas a experimentar e pensar por si mesmas. Nesse contexto, a democracia ganha peso, por ser a ordem política que permite o maior desenvolvimento dos indivíduos, no papel de decidir em conjunto o destino do grupo a que pertencem. Dewey defendia a democracia não só no campo institucional mas também no interior das escolas.
Estímulo à cooperação

"Afinal, as crianças não estão, num dado momento, sendo preparadas para a vida e, em outro, vivendo", ensinou, argumentando que o aprendizado se dá justamente quando os alunos são colocados diante de problemas reais. A Educação, na visão deweyana, é "uma constante reconstrução da experiência, de forma a dar-lhe cada vez mais sentido e a habilitar as novas gerações a responder aos desafios da sociedade". Educar, portanto, é mais do que reproduzir conhecimentos. É incentivar o desejo de desenvolvimento contínuo, preparar pessoas para transformar algo. 

A experiência educativa é, para Dewey, reflexiva, resultando em novos conhecimentos. Deve seguir alguns pontos essenciais: que o aluno esteja numa verdadeira situação de experimentação, que a atividade o interesse, que haja um problema a resolver, que ele possua os conhecimentos para agir diante da situação e que tenha a chance de testar suas idéias. Reflexão e ação devem estar ligadas, são parte de um todo indivisível. Dewey acreditava que só a inteligência dá ao homem a capacidade de modificar o ambiente a seu redor.

"Afinal, as crianças não estão, num dado momento, sendo preparadas para a vida e, em outro, vivendo", ensinou, argumentando que o aprendizado se dá justamente quando os alunos são colocados diante de problemas reais. A Educação, na visão deweyana, é "uma constante reconstrução da experiência, de forma a dar-lhe cada vez mais sentido e a habilitar as novas gerações a responder aos desafios da sociedade". Educar, portanto, é mais do que reproduzir conhecimentos. É incentivar o desejo de desenvolvimento contínuo, preparar pessoas para transformar algo. 

A experiência educativa é, para Dewey, reflexiva, resultando em novos conhecimentos. Deve seguir alguns pontos essenciais: que o aluno esteja numa verdadeira situação de experimentação, que a atividade o interesse, que haja um problema a resolver, que ele possua os conhecimentos para agir diante da situação e que tenha a chance de testar suas idéias. Reflexão e ação devem estar ligadas, são parte de um todo indivisível. Dewey acreditava que só a inteligência dá ao homem a capacidade de modificar o ambiente a seu redor.

A experiência educativa é, para Dewey, reflexiva, resultando em novos conhecimentos. Deve seguir alguns pontos essenciais: que o aluno esteja numa verdadeira situação de experimentação, que a atividade o interesse, que haja um problema a resolver, que ele possua os conhecimentos para agir diante da situação e que tenha a chance de testar suas idéias. Reflexão e ação devem estar ligadas, são parte de um todo indivisível. Dewey acreditava que só a inteligência dá ao homem a capacidade de modificar o ambiente a seu redor.

Liberdade intelectual para os alunos


Influenciado pelo empirismo, Dewey criou uma escola-laboratório ligada à universidade onde lecionava para testar métodos pedagógicos. Ele insistia na necessidade de estreitar a relação entre teoria e prática, pois acreditava que as hipóteses teóricas só têm sentido no dia-a-dia. Outro ponto-chave de sua teoria é a crença de que o conhecimento é construído de consensos, que por sua vez resultam de discussões coletivas. "O aprendizado se dá quando compartilhamos experiências, e isso só é possível num ambiente democrático, onde não haja barreiras ao intercâmbio de pensamento", escreveu. Por isso, a escola deve proporcionar práticas conjuntas e promover situações de cooperação, em vez de lidar com as crianças de forma isolada.

Seu grande mérito foi ter sido um dos primeiros a chamar a atenção para a capacidade de pensar dos alunos. Dewey acreditava que, para o sucesso do processo educativo, bastava um grupo de pessoas se comunicando e trocando idéias, sentimentos e experiências sobre as situações práticas do dia-a-dia. Ao mesmo tempo, reconhecia que, à medida que as sociedades foram ficando complexas, a distância entre adultos e crianças se ampliou demais. Daí a necessidade da escola, um espaço onde as pessoas se encontram para educar e ser educadas. O papel dessa instituição, segundo ele, é reproduzir a comunidade em miniatura, apresentar o mundo de um modo simplificado e organizado e, aos poucos, conduzir as crianças ao sentido e à compreensão das coisas mais complexas. Em outras palavras, o objetivo da escola deveria ser ensinar a criança a viver no mundo. 

A filosofia deweyana remete a uma prática docente baseada na liberdade do aluno para elaborar as próprias certezas, os próprios conhecimentos, as próprias regras morais. Isso não significa reduzir a importância do currículo ou dos saberes do educador. Para Dewey, o professor deve apresentar os conteúdos escolares na forma de questões ou problemas e jamais dar de antemão respostas ou soluções prontas. Em lugar de começar com definições ou conceitos já elaborados, deve usar procedimentos que façam o aluno raciocinar e elaborar os próprios conceitos para depois confrontar com o conhecimento sistematizado. Pode-se afirmar que as teorias mais modernas da didática, como o construtivismo e as bases teóricas dos Parâmetros Curriculares Nacionais, têm inspiração nas idéias do educador.


Gestalt.

14.3 Gestalt: 
As aplicações das descobertas gestaltistas na educação são importantes por recusar o exercício mecânico no processo de aprendizagem. Apenas as situações que ocasionam experiências ricas e variadas levam o sujeito ao amadurecimento e à emergência do insight.

14.3 Gestalt: 

A psicologia  se consolidou, ao longo do século XIX, como uma vertente filosófica; neste período ela estudava tão somente o comportamento, as emoções e a percepção. Vigorava então o atomismo – buscava-se compreender o todo através do conhecimento das partes, sendo possível perceber uma imagem apenas por meio dos seus elementos. Em oposição a esse processo, nasceu a Gestalt – termo alemão intraduzível, com um sentido aproximado de figura, forma, aparência.

Por volta de 1870, alguns estudiosos alemães começaram a pesquisar a percepção humana, principalmente a visão. Para alcançar este fim, eles se valiam especialmente de obras de arte, ao tentar compreender como se atingia certos efeitos pictóricos. Estas pesquisas deram origem à Psicologia da Gestalt ou Psicologia da Boa Forma. Seus mais famosos praticantes foram Kurt Koffka, Wolfgang Köhler e Max Werteimer, que desenvolveram as Leis da Gestalt, válidas até os nossos dias. Com seu desenvolvimento teórico, a Gestalt ampliou seu leque de atuação e transformou-se em uma sólida linha filosófica.
Esta doutrina traz em si a concepção de que não se pode conhecer o todo através das partes, e sim as partes por meio do conjunto. Este tem suas próprias leis, que coordenam seus elementos.

 Só assim o cérebro percebe, interpreta e incorpora uma imagem ou uma idéia. Segundo o psicólogo austríaco Christian von Ehrenfels, que em 1890 lançou as sementes das futuras pesquisas sobre a Psicologia da Gestalt, há duas características da forma – as sensíveis, inerentes ao objeto, e a formais, que incluem as nossas impressões sobre a matéria, que se impregna de nossos ideais e de nossas visões de mundo. A união destas sensações gera a percepção. É muito importante nesta teoria a idéia de que o conjunto é mais que a soma dos seus elementos; assim deve-se imaginar que um terceiro fator é gerado nesta síntese.

Leis da Gestalt

Observando-se o comportamento espontâneo do cérebro durante o processo de percepção, chegou-se á elaboração de leis que regem esta faculdade de conhecer os objetos. Estas normas podem ser resumidas como:

- Semelhança: Objetos semelhantes tendem a permanecer juntos, seja nas cores, nas texturas ou nas impressões de massa destes elementos. Esta característica pode ser usada como fator de harmonia ou de desarmonia visual.

- Proximidade: Partes mais próximas umas das outras,em um certo local, inclinam-se a ser vistas como um grupo.

- Boa Continuidade: Alinhamento harmônico das formas.

- Pregnância: Este é o postulado da simplicidade natural da percepção, para melhor assimilação da imagem. É praticamente a lei mais importante.

- Clausura: A boa forma encerra-se sobre si mesma, compondo uma figura que tem limites bem marcados.
- Experiência Fechada: Esta lei está relacionada ao atomismo, pensamento anterior ao Gestalt. Se conhecermos anteriormente determinada forma, com certeza a compreenderemos melhor, por meio de associações do aqui e agora com uma vivência anterior.

A Terapia Gestalt

A Gestalt Terapia  surgiu pelas mãos do médico alemão Fritz Perls (1893-1970), que tinha grande interesse pela neurologia e posteriormente pela psiquiatria. Por este caminho tornou-se um psicanalista. Ao elaborar novas idéias psicanalíticas, chegou a ser expulso da Sociedade de Psicanálise. Depois de um encontro com Freud, rompeu definitivamente com este campo de pesquisas. Em 1946, Fritz imigrou para a América, instalando-se definitivamente em Nova York, onde conheceu seu grande colaborador, Paul Goodman. Juntos introduziram o conceito de Gestalt Terapia, recebendo depois o apoio e o auxílio da esposa de Fritz, Lore, e de outros autores. Foram inspirados por várias correntes, como o Existencialismo, a Psicologia da Gestalt, a Fenomenologia, a Teoria Organísmica de Goldstein, a Teoria de Campo de Lewin, o Holismo de Smuts, o Psicodrama de Moreno, Reich, Buber e, enfim, a filosofia oriental.

A Gestaltpedagogia

No campo da pedagogia, a Gestalt também encontrou terreno fértil. O russo Hilarion Petzold, radicado na Alemanha, foi o primeiro a apresentar esta possibilidade na área educacional. Em 1977, ele cria a Gestaltpedagogia, uma transferência dos princípios terapêuticos da filosofia da Gestalt para o contexto da educação, com o objetivo de resolver os principais problemas pedagógicos da atualidade.
Mais de 50 anos depois da criação da Gestalt Terapia, estes princípios filosóficos conquistaram seu lugar no panorama psicoterapêutico, bem como na educação e na área de Recursos Humanos das empresas.