Teorias Construtivistas:
7.1 Piaget: segundo ele, à medida que a influência do meio altera o equilíbrio, a inteligência, que exerce função adaptativa por excelência, restabelece a auto-regulação.
17.2 Vygotsky: Ao analisar os fenômenos da linguagem e do pensamento, busca compreendê-los dentro do processo sócio-histórico como "internalização das atividades socialmente enraizadas e historicamente desenvolvidas". Portanto, a relação entre o sujeito que conhece e o mundo conhecido não é direta, mas se faz por mediação dos sistemas simbólicos.
PIAGET x VYGOTSKY
Tanto Piaget como Vygotsky concebem a criança como um ser ativo, atento, que constantemente cria hipóteses sobre o seu ambiente.
Porém, eles divergem na maneira de conceber o processo de desenvolvimento da criança.
Piaget privilegia a maturação biológica; Vygotsky, o ambiente social.
Piaget acredita que os conhecimentos são elaborados espontaneamente pela criança, de acordo com o estágio de desenvolvimento em que esta se encontra.
Vygotsky discorda de que a construção do conhecimento procede do individual para o social, defende que a criança já nasce num mundo social e, desde o nascimento, vai formando uma visão desse mundo através da interação com adultos e crianças mais experientes.
Piaget acredita que a aprendizagem subordina-se ao desenvolvimento e tem pouco impacto sobre ele. Com isso, ele minimiza o papel da interação social.
Vygotsky, ao contrário, postula que desenvolvimento e aprendizagem são processos que se influenciam reciprocamente, de modo que, quanto mais aprendizagem, mais desenvolvimento.
Segundo Piaget, o pensamento aparece antes da linguagem, que apenas é uma das formas de expressão.Já para Vygotsky, pensamento e linguagem são processos interdependentes, desde o início da vida.
Quanto à relação educador/educando, Vygotsky afirma que não deve ser uma relação de imposição, mas sim uma relação de cooperação, de respeito e de crescimento. O aluno deve ser considerado como um sujeito interativo e ativo no seu processo de construção de conhecimento. Assumindo, o educador, um papel fundamental nesse processo, como um indivíduo mais experiente.
Piaget coloca que a relação professor/aluno tem que ser baseada no diálogo mais fecundo, onde os "erros" dos alunos passam a ser vistos como integrantes do processo de aprendizagem. Isso se dá porque à medida que o aluno "erra", o professor consegue ver o que se está sabendo e o que ainda deve ser ensinado.
A divergência nas teorias de Piaget e Vygotsky nos impõe uma reflexão sobre o assunto e nos remete para nossas próprias experiências, como mestre, como indivíduo que muito aprendeu e que muito ainda tem que aprender.
Concordo com Piaget quando "...o aprender não se reduz à memorização, mas sim ao raciocínio lógico, compreensão e reflexão". Mas discordo de sua teoria em que o aprendizado é individual e o professor deve apenas assumir o papel de instigador e provocador. É claro que devemos, nós professores, instigar e provocar a curiosidade do aluno num determinado assunto. Mas isto não basta para que ocorra a aprendizagem. Devemos, também relacionar o conteúdo com fatos reais, concretos,e, se for o caso, indicar caminhos para que a construção do conhecimento seja iniciada.
Para Vygotsky, a construção do conhecimento se dará coletivamente, portanto, sem ignorar a ação intrapsíquica do sujeito. Concordo com o modo como ele conceituou o desenvolvimento intelectual de cada pessoal: um real e um potencial.
O nível real é aquele já adquirido ou formado, que determina o que a criança já é capaz de fazer por si própria porque já tem um conhecimento consolidado.
O nível potencial é quando a criança ainda não aprendeu tal assunto, mas está próxima de aprender, e isso se dará principalmente com a ajuda de outras pessoas.
Vai ser na distância desses dois níveis que estará um dos principais conceitos de Vygotsky: as Zonas de Desenvolvimento Proximal (série de informações que a pessoa tem a potencialidade de aprender mas ainda não completou o processo; conhecimentos fora do seu alcance atual, mas potencialmente atingíveis
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